ESTUDO BÍBLICO PARA NOVOS CONVERTIDOS - Volume II



Volume II

Parte IV
- Indicação de Leitura: Evangelhos de Mateus, Lucas, João e Marcos



O EVANGELHO – Visão História e Espiritual

Introdução

O objetivo deste estudo é dar continuidade à série de Estudos Bíblicos de Novos Convertidos, com foco nos evangelhos, mostrando a visão história e espiritual dos acontecimentos da época de Jesus. Não substitui a leitura dos evangelhos, mas deve ser lido antes do estudo deles, pois é uma luz que ampliará o entendimento. As explicações que se baseiam em toda a Bíblia, pois sabemos que para os iniciantes é impossível compreender certas passagens sem esclarecimentos, já que estão no início de sua jornada no conhecimento da Bíblia. Antes, porém, de iniciar a leitura, o estudante deverá orar e abrir o coração e a mente para aceitar o que está sendo lido. O estudante deverá confirmar o estudo com as passagens indicadas na Bíblia, o que é de fundamental importância para a fortificação da fé, pois não são palavras aleatórias, mas baseadas nos ensinamentos bíblicos. Deverá limpar a mente de ensinos anteriores e preconceitos, pois existem muitos ensinos falsos que foram aceitos como verdade, mas imputados por igrejas e culturas desde a infância, no entanto, será comprovado pelas Escrituras que são completamente estranhos aos ensinamentos de Jesus. Lembre-se que para ser nova criatura, o conhecimento da Palavra é imprescindível para lavar e purificar a sua mente, gerando a transformação requerida por Jesus. Deixe o velho homem e seus pré-conhecimentos para trás.

Ratifico que é de extrema importância a leitura dos quatro evangelhos, pois apesar de parecidos, cada um traz detalhes que preenchem lacunas completando a história dos tempos de Jesus. Os Evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos são chamados Evangelhos Paralelos. São mais históricos. Já o Evangelho de João mostra-se distinto na maneira da narração, focando Jesus como Deus. Os livros de Mateus e Lucas são mais extensos e detalhados. Marcos, como jovem que era, narra os fatos de forma mais sucinta. Já o Evangelho de João é tão curto quanto o de Marcos, mas consegue aprofundar na essência de Jesus, mostrando as suas características divinas. Os quatro autores dos evangelhos são: Mateus, apóstolo; Lucas, Médico (investigou os fatos e colheu informações com testemunhas oculares); João, apóstolo e Marcos, discípulo. Todos os quatro contam a mesma história, como assunto principal, mas alguns detalhes e informações podem estar apenas em um deles, daí a necessidade da leitura de todos. Não se surpreenda quando achar aparentes contradições nos detalhes, como quantidades de pessoas em um local, etc, pois isso só amplifica a veracidade dos acontecimentos, já que nenhum ser humano é capaz de contar a mesma coisa exatamente como aconteceu. Os investigadores de polícia sabem que, se a história é contada completamente igual, a história foi forjada. Nos Evangelhos, cada um tem o seu foco, a sua maneira de dizer, baseando-se na capacidade humana dos seus escritores.

O Nascimento de João – Preparando o Caminho para a Vinda do Messias

O livro de Lucas mostra como se deu o nascimento de João Batista. Apesar de os outros comentarem sobre essa importante figura, os detalhes estão somente neste Evangelho. João Batista foi aquele profetizado no Antigo Testamento, que veio para preparar o caminho do Messias. João passou grande parte de sua vida no deserto, vestia roupa de saco e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre, assim como o profeta Elias. Por isso, no Antigo Testamento, as profecias falam dele como Elias, mas na verdade, ele tinha o poder de Elias; o Espírito de Deus que foi derramado em Elias (Lc 1:17). Era cheio do Espírito e no tempo certo, começou a anunciar a vinda do Messias e pregava o arrependimento, batizando todos os que se convertiam no Rio Jordão. Muitos os Seguiam.

Profecia:

"Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o Senhor que vocês buscam virá para o seu templo;  e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos" (Malaquias 3:1)
"Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; façam no deserto um caminho reto para nosso Deus" (Isaías 40:3)

Cumprimento: 

Conforme está escrito no livro do profeta Isaías: “Eis que Eu envio o meu mensageiro diante de ti, a fim de preparar o teu caminho; voz do que clama no deserto: preparem o caminho do Senhor, façam veredas retas para ele. Assim surgiu João, batizando no deserto e pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados. A ele vinha toda a região da Judeia e  todo o povo de Jerusalém. Confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão. (Marcos 1:2-5)


O Nascimento de Jesus

Como profetizado, Deus escolheu uma mulher de Israel, descendente de Davi, que tinha fé e humildade para ser a mãe do Messias: Maria, moça virgem, prometida em casamento a João. O Espírito de Deus colocou a sua semente em seu ventre para gerar o Messias. João, seu noivo(¹), foi avisado por Deus que deveria aceitar Maria como sua esposa, pois ela estava grávida, não por tê-lo traído, mas a criança que estava em seu ventre era proveniente e Deus e deveria se chamar Jesus. Como homem de fé, creu e a recebeu. No entanto, somente a conheceu (teve relações sexuais) após o nascimento de Jesus. A Bíblia é clara quanto a isso, portanto, doutrinas estranhas que dizem que Maria permaneceu virgem após o nascimento de Cristo não têm qualquer amparo bíblico. Também não tem amparo a doutrina de que Maria não era pecadora. Os Evangelhos são bem claros em afirmar que Maria era uma mulher como qualquer outra, porém, foi agraciada por Deus (graça significa dom imerecido, ou seja, não o recebeu por ser sem pecado ou perfeita; não foi por seu próprio mérito, mas por Graça). Em seu cântico (Lc 1:46-55), constante no Livro de Lucas, ela afirma que é serva de Deus, que Ele é o seu Salvador isso (quem precisa de um salvador, a não ser o pecador e o perdido?) e estava aberta a fazer a Sua vontade, feliz em servi-lo e que foi bem aventurada por ter sido escolhida. Conforme dito na introdução, o estudante deve se ater às escrituras, esquecendo-se dos aprendizados anteriores. Sabe-se que é difícil jogar fora o que se aprendeu desde a infância, principalmente se era uma pessoa “religiosa”, mas seja forte e continue se lavando com a Palavra da Verdade. Como Diz Jesus: “Conheça a Verdade e a Verdade o Libertará”. Mas não é possível conhecê-la sem estudá-la. Lembre-se, também, que Jesus disse: “o meu povo perece porque lhes fata conhecimento”.

Nem todos os Evangelhos contam os detalhes do nascimento de Jesus; como, por exemplo, o motivo que o fez nascer Belém, já que seus pais moravam em Nazaré. Na verdade, houve um alistamento na época, e os pais tinham que ir para a sua cidade natal, e como eram descendentes de Davi, foram para Belém, e Jesus acabou nascendo durante essa viagem, em uma estribaria, pois não havia mais vagas nas pousadas para alojá-los, pois muitos voltaram para as suas cidades para o alistamento, o que fez lotar os alojamentos em várias cidades.

Vemos que todos os acontecimentos se desenrolavam para cumprimento das profecias.

Profecia:

 Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel (que significa Deus conosco). (Isaías 7:14)
Fiz uma aliança com o meu escolhido, e jurei ao meu servo Davi, dizendo: A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono por todas as gerações (Salmos 89:3-4)

Cumprimento: 

"Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco. E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus. (Mateus 1: 18-25)



"E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus." (Lucas 1:26-35)



Profecia:

"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." (Miquéias 5:2)

Cumprimento: 

"Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém" (Mateus 2:1)

Notas:
(¹) - não confundir com João Batista, que não havia nascido nessa época, tendo Ana, mãe de João Batista, engravidado somente alguns meses antes de Maria

O Verbo se Fez Carne – Jesus é Deus

O Evangelho de João já inicia dizendo que o Verbo, que habitava com Deus desde o princípio, tendo toda a criação sido criada por seu intermédio, sendo Deus, abriu mão de sua Glória e fez-se carne para habitar entre os homens e ser a luz do mundo, para todos os que o recebessem e cressem em seu nome, pudessem se tornar filhos de Deus (João 1:1-5).

São várias as passagens que afirmam que Jesus é Deus. Se Ele estava desde o princípio com Deus, não tendo sido criado, Ele com Deus são um. Quero abrir um parêntesis aqui para falar do Espírito de Deus. Ele também é parte de Deus, por isso, é Deus. É essência do próprio Deus, ou não poderíamos entender que o único pecado que não se é perdoado é o pecado contra o Espírito de Deus, pois este é o que habita no homem após a conversão, e o convence do pecado e do juízo. Se o Espírito está dentro do homem e este o rejeita, essa atitude é chamada de “apostasia”, e contra este pecado, não há mais perdão (Marcos 3:28-30). Foi o que aconteceu com Saul, que apostatou e o Espírito o deixou, mas não entraremos neste assunto agora.

O Pai, o Filho e o Espírito Santo formam Elohim, que em hebraico significa Deuses. Difícil de compreender aos nossos olhos, pois os judeus e os cristãos são monoteístas. Mas Elohim é um Deus único. Quem vê o filho, Vê o Pai (João 14:1-14). Em Gênesis 1 vemos a voz de Deus criando todas as coisas. Ao mesmo tempo, vemos que o Espírito estava presente na criação e Deus fala: “façamos o homem a nossa imagem e semelhança” (Gn1:26), mostrando a presença das faces de Elohim. O Evangelho de João diz que o Verbo que Estava com Deus, sem qual o mundo não teria sido criado, se fez carne e habitou entre os homens. Uma linda revelação, um pouco acima do que podemos compreender plenamente, mas mostra a essência, as faces de Deus.

Profecias:

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. (Isaías 9:6)

Cumprimento:

Eu e o Pai somos um” João 10:30
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (João 14:9)
O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. (Colossenses 1:15-17)

Jesus afirmou ser Deus, o Grande “Eu Sou” em 8:58, nome dado por Deus a Moisés quando este perguntou a Deus qual era Seu nome (Êxodo 3:13-14).

Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu souE quando os soldados o prenderam, quando perguntavam quem era Jesus de Nazaré, ele respondeu “Sou Eu”, que é o mesmo que “Eu Sou”, tendo o poder das palavras derrubado os soldados: Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles. Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra. Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno. Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes; para se cumprir a palavra que dissera: Não perdi nenhum dos que me deste. (João 18:4-9)

Jesus afirmou ser o caminho, a verdade e a vida (João 14:6). Quem mais poderia dar acesso a Deus, senão o próprio Deus?  Jesus afirmou ser o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chegaria ao Pai senão fosse por intermédio dele. Jesus afirmou ser a única Salvação (João 5:24 e João 14:23. Jesus não somente afirmou ser a Salvação (João 11:25), como ressuscitou e venceu a morte! (Mateus 28:5-6 e Romanos 6:9)

Outra passagem que nos ajuda a compreender que Jesus é Deus, está no Evangelho de João 14. Tomé indagou a Cristo para onde Ele iria e que caminho tomar (João 14:5). Jesus respondeu a Tomé dizendo: "Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto" (João 14:6-7). Além de afirmar que era o único caminho que levava à Salvação, Ele revelou que era Deus e que estava na frente de todos eles!

O Ministério de Jesus

O ministério (trabalho, missão) de Jesus iniciou-se apenas com 30 anos. Antes disso, ele era conhecido apenas como o filho do carpinteiro. Após o seu batismo realizado por João Batista, foi marcado o início do seu ministério. Deus confirmou a João Batista que Jesus era o Filho de Deus, que era antes dele. Assim, anunciou aos seus discípulos. A partir daquele momento, os discípulos de João passaram a ser discípulos de Jesus. O ministério de João diminuiria, enquanto o de Jesus cresceria.

Depois de ser batizado, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto por 40 dias, tendo sido tentado por satanás e resistido com honra. Após, escolheu 12 apóstolos para ensiná-los e prepara-los, pois a sua Igreja estaria sendo fundada. Seu retorno do deserto foi cheio de poder do Espírito Santo, e seu ministério foi marcado pelos sinais e maravilhas que o seguiam.

Todas as curas e milagres levantavam inveja dos fariseus e doutores da lei, que imputavam aos israelitas doutrinas humanas impossíveis de serem seguidas e, muitas vezes interpretavam as Escrituras de forma equivocada, e assim ensinavam aos seus discípulos. Jesus vinha trazendo a verdade, confrontando aqueles ensinamentos que foram alterados pelos homens, e elucidando uma doutrina baseada no amor a Deus e ao próximo, e em renuncia às coisas deste mundo. Alertava que o cumprimento dos mandamentos: 1. “amar a Deus sobre todas as coisas” e 2. “amar ao próximo como a si mesmo”, levaria ao cumprimento dos demais mandamentos. Vou abrir um parêntesis aqui para incluir neste estudo os 10 mandamentos descritos no livro de Êxodo 20:1-26, já que existem religiões que excluíram o segundo mandamento, dividindo o mandamento da cobiça em dois, para permanecerem 10. Abra sua Bíblia para conferir:

10 Mandamentos

1 - Não terás outros deuses diante de mim.

2 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.

3 - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.

4 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.

5 - Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.

6 - Não matarás.

7 - Não adulterarás.

8 - Não furtarás.

9 - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

10 - Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo. 

Fácil entender porque Jesus disse que amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, levaria ao cumprimento dos 10 mandamentos. Amar a Deus sobre todas as coisas, requer conhecer a Deus, e para isso, é necessário ler as Escrituras Sagradas. Fazendo isso, irá conhecer a Sua essência, e entenderá que Deus é Espírito, é Santo, é Superior a todas as coisas criadas. Jamais alguém que o conhece faria uma imagem feita com mãos humanas para o representar, pois seria uma afronta. Jamais seguiria outros deuses, ou invocaria homens que viveram nesta terra, e já se foram, para interceder por eles, pois saberia que Deus é superior a todas às coisas criadas. Jamais se deixaria levar por qualquer doutrina diferente daquilo que o Deus Criador deixou ao homem.

Quem ama ao próximo como a si mesmo, coloca-se no lugar do outro. Quem deseja ser roubado, assassinado, humilhado? Quem deseja ter o seu cônjuge cobiçado por outro, ou deseja ser traído por ele? Quem deseja que seus bens sejam cobiçados por outros? Quem não deseja um dia de descanso para repor as energias e dedicá-lo ao seu Deus? Quem ama seu semelhante evitará cometer qualquer ato que o magoe, ou o deixe infeliz, simplesmente, porque não deseja a infelicidade para si mesmo. Se não deseja para si, não desejará para o seu próximo.

Por esses motivos, entre outros, Jesus nos ensina que esses dois mandados são capazes de suprir os demais.

Como já dissemos acima, a verdade trazida por Jesus, as curas que realizava aos sábados e as afirmações de Jesus que era Filho de Deus, que era Deus, que podia perdoar pecados, etc., eram motivo de perseguição dos doutores da lei, que incansavelmente buscavam destruí-lo. Estes imputavam duras leis aos seus seguidores, que nem eles mesmos as conseguiam cumprir, e viviam como hipócritas, como se conseguissem ser santos. Para não ser morto antes do tempo, Jesus tinha que fugir de cidade em cidade, anunciando o Evangelho da Salvação, até que se cumprisse o tempo determinado para que pudesse realizar o sacrifício vicário em prol de todos os que nele crescem. Todas as profecias precisavam se cumprir, até mesmo a traição de um dos apóstolos. Para Jesus, não houve nenhuma surpresa. Ele conhecia tudo que iria passar. Saberia o cálice que deveria tomar para salvar o mundo. “O Sacrifício que nos traria a paz estava sobre Ele, e sob as suas pisaduras, fomos sarados”.

O Sacrifício de Jesus

Após três anos de pregação das Boas Novas, o tempo chegou. Jesus foi ao Getsemani orar até que fosse preso, tendo sido entregue por Judas, um dos apóstolos, que o traiu por algumas moedas de prata. Ao contrário do que muitos pensam, o sofrimento de Jesus não se iniciou com sua prisão, mas o martírio espiritual começou no Getsemani. O pecado de toda a humanidade estava sendo lançado sobre ele, e o distanciamento de Deus foi a consequência. Por isso disse na cruz: “Pai, por que me desamparaste?” Além disso, fisicamente foi torturado, cuspido, humilhado, sofrendo açoites e agressões. Pilatos, sem ter do que o acusar, aproveitou-se da regra de libertação de um preso, que realizava de tempos em tempos, para dar oportunidade aos Judeus de soltar Jesus. Colocou ele e Barrabás (assassino), como alternativa, e o povo escolheu a soltura de Barrabás, requerendo a morte de Jesus pela Cruz, que era a condenação mais terrível e amaldiçoada da época. Pilatos não queria ser responsável pelo derramamento de sangue inocente, então, o fariseus e doutores da lei gritavam “que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos” (Mt  27:25).  Com essas palavras, Pilatos “lavou as mãos” e o condenou Jesus à morte de cruz.

Após a crucificação, antes de morrer, disse: “Está consumado”, ou seja, ele havia realizado tudo o que estava profetizado, e sua missão de salvar a humanidade estava concluída. Quando Ele morreu, o véu do Templo se rasgou como sinal físico da abertura do novo acesso ao Pai, por meio Dele. A terra se escureceu e tremeu.  Para que se cumprisse, mais uma vez, as Escrituras, nenhum de seus ossos foram quebrados. Apesar do costume de quebrar as pernas dos crucificados para que morressem mais rápido, quando os soldados foram fazer isso, Jesus já havia morrido, e apenas uma lança foi inserida em seu ventre, saindo sangue e água, comprovando a sua morte.

Profecia:

“Até o próprio amigo em que eu confiava, que partilhava do meu pão, levantou contra mim o calcanhar” (Salmo 41:9)

Cumprimento:

“Judas Iscariotes, um dos Doze, foi avistar-se com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus” (Marcos 14:10)

Profecia:

Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores. (Isaías 53:4-12)

Cumprimento:

Evangelhos – Sacrifício de Cristo e confirmação em várias cartas, conforme alguns trechos abaixo:
“e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”. (1 João 2:2)
“o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (Gálatas 1:4)
“carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados” (1 Pedro 2:24)
“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”. (2 Coríntios 5:21)

A Ressurreição

Ainda na sexta-feira, quase sábado, José de Arimatéia, um homem rico, que não concordou com o que acontecera, pediu a Pilatos o corpo de Jesus, envolveu-o em um lençol de linho e o sepultou em um sepulcro cavado na rocha. Devido às palavras de Jesus que dizia que ressuscitaria ao terceiro dia, os chefes dos sacerdotes e doutores da lei pedira a Pilatos que guardassem o túmulo, além de lacrarem com pedra.

Sábado era o dia de descanso. No amanhecer do domingo, Maria Madalena e outras mulheres foram ao túmulo para embalsamarem Jesus. Quando chegaram no local, a pedra estava removida e Jesus não estava mais lá. Um anjo lhes apareceu e disse que Jesus havia ressuscitado. Elas correram para avisar aos apóstolos, e no caminho lhes aparecera Jesus, confirmando o anunciado pelo anjo. Inicialmente os apóstolos não acreditaram, mas Jesus os encontrou várias vezes, comprovando a sua ressurreição e determinando que o Evangelho fosse pregado a toda criatura, para que todo o que crê não pereça e tenha a vida eterna, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, até que Ele retornasse em grande glória, para julgar as nações.

Conclusão

O Estudo das Escrituras não deve terminar aqui. A leitura das cartas abrirá ainda mais o entendimento de como viviam os cristãos na antiguidade, e deve ser parâmetro para a Igreja nos dias de hoje. Infelizmente, existem denominações que não fazem o seu papel, ensinando doutrinas de homens e demônios. Por esse motivo, o cristão deve estudar a Bíblia, para saber julgar em qual denominação irá congregar, para não se contaminar com a grande corrupção que está espalhada neste mundo, a qual foi profetizada pelo nosso Senhor Jesus.

Espero ter ajudado. Mais tarde trarei o estudo do Livro de Atos. Bons estudos.

ESTUDO BÍBLICO PARA NOVOS CONVERTIDOS - Volume I


Volume I

Parte I
A Salvação - Por que Preciso Ser Salvo?

- Indicação de Leitura: Gênesis: 1-3


"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3 : 16)
“porque Cristo é a propiciação pelos nossos pecados, o meio pelo qual Deus se reconcilia ao homem pecador” (1 João 2:2)




Este estudo é para ajudar você que quer conhecer melhor a Deus, a entender o Plano de Salvação que Ele criou para a humanidade, para que os seus filhos possam se aproximar dele novamente, assim como era no princípio.

Sim, quando Deus criou os céus e a Terra, com tudo que neles há, os mares e as águas doces, e tudo o que neles há, o mundo vivia em harmonia. O homem, a única criação de Deus à sua imagem e semelhança tinha o livre a cesso ao seu Criador. A história é contada no primeiro livro da Bíblia, Gênesis, nos capítulos 1 e 2. Esses capítulos devem ser lidos com cautela, pois uma característica dos ensinamentos de Deus é que ele relata um fato, depois o esmiúça. A elucidação podem ser encontradas nos próximos capítulos, ou até mesmo em outros livros bíblicos. Isso também acontece com as profecias. Sabendo disso, precisamos ter em mente que a Bíblia deve ser lida e relida, pois sempre acontecerá de você aprender mais e mais e o Espírito de Deus irá trabalhar com o que você aprendeu em sua vida, dia após dia, e, ainda, revelará verdades que estão ocultas; estão lá, mas não são perceptíveis facilmente. Posso dizer que a cada vez que se lê, o seu espírito fala com Deus.

Deus fez a sua criação em 6 dias. No sexto dia, Deus criou adam (no hebraico que quer dizer homem no sentido geral). Diferente das outras criações, o fez à sua imagem e semelhança. Não disse “haja”, como disse para as outras coisas criadas, mas o formou da terra, e soprou nele parte de si mesmo, dando-lhe um espírito, para que fosse alma vivente. Depois criou a mulher para lhe ser  companhia e ajudadora; também não disse “haja”, mas a fez da costela de Adão, para que fosse carne da sua carne, ossos dos seus ossos. Determinou que eles fossem férteis e multiplicassem sobre a terra (Gn. 1:28); determinou também que toda a criação deveria ser dominada por eles, podendo tirar dela o alimento, e tudo que precisassem para viver. Tinham vida e saúde, pois tinham a árvore da vida ao seu dispor. Deus determinou, no entanto, que não comecem do fruto da árvore do conhecimento, ou morreriam. Esse era o único mandamento na época. Deus se agradou de sua criação e no sétimo dia Ele descansou.

No capítulo 3, infelizmente, mesmo com tudo aos seus pés, Adão e Eva desobedeceram o Criador, comendo da árvore do conhecimento, que Deus havia dito para não comer. Eva se deixou enganar pela serpente que disse que não havia mal nenhum e se comecem seriam como deuses, conhecendo o bem e o mal. Seduzida, ela comeu e deu ao seu esposo e ele também comeu. Imediatamente ocorreu o que Deus havia dito: morreram. Essa morte foi espiritual (foram separados de Deus) e carnal (passariam a ser mortais, pois a árvore da vida lhes foi retirada). Foram expulsos do Jardim do Éden, onde a Árvore da Vida ficava. Quando Deus os chamou, ainda tentaram se esconder, porque perceberam a sua nudez, ou seja, agora entendiam o mal. Deus, que é santo, não poderia continuar tendo relacionamento com os homens por causa do pecado, e toda a humanidade perdeu o livre acesso à Árvore da Vida, bem como a ligação direta com o seu Criador, como punição pelo pecado. Essa maldição estava sobre a humanidade, mas, como Deus é onisciente, sabendo o que aconteceria, já tinha feito um plano de salvação para o homem, para devolver-lhe todas as coisas.

Podemos ver em Gênesis 3:15 que a serpente, por ter sido a influenciadora do pecado, teria os seus dias contados na Terra. A sua condenação foi proferida. A descendência da mulher (Jesus, da descendência de Davi), iria “ferir” a sua cabeça (a serpente morre pela cabeça). A partir daqui, todo o Antigo Testamento mostrará, às sombras, aquele que viria cumprir essa profecia. Apesar de vários livros, todos eles remetem a Jesus de alguma forma, ilustrando uma verdade que viria na consumação dos tempos: a vinda do Messias, o Cordeiro de Deus, perfeito, imaculado, que iria dar a sua vida para que a humanidade fosse perdoada e possibilitar o livre acesso ao Pai novamente. Quando Jesus morreu, foi amaldiçoado em nosso lugar, mas venceu o pecado, vivendo sem pecar, e venceu a morte, ressuscitando. Todos aqueles que receberem o seu sacrifício vicário, seguindo os seus passos, poderão desfrutar do que ele conquistou.



PARTE II



A Expiação


- Leitura recomendada: Evangelho de João (mais espiritual) e Lucas (mais histórico); Em segundo momento, Carta aos Hebreus.






A palavra “expiação” significa: purificação de crimes pelo cumprimento de pena/punição. Como Deus havia dito que quem comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal morreria, ele, como um Deus Santo e Justo, não poderia voltar atrás de sua palavra. O esperado é que haja cumprimento da Lei imputada e a devida punição do infrator. É o que se espera de um juiz justo. Ele não pode, simplesmente, perdoar o criminoso, mas precisa cumprir a Lei, ou deixaria de ser justo, cometendo, Ele mesmo, um crime. Assim Ele fez o que precisava ser feito. Mas pelas suas infinitas misericórdias, Ele, por meio de seu Filho, se fez carne e habitou entre os homens, viveu 33 anos sem pecado, para que pudesse ser “punido” no lugar dos pecadores. O Criador, o Filho na carne e no Espírito, e o Espírito de Deus, formam um único Elohim (Deus em hebraico). Somente Elohim poderia fazer algo para que a consequência do pecado não resultasse em completa destruição de sua criação mais sublime, pois criada à sua imagem e semelhança e, assim, o homem tivesse uma nova oportunidade. Por isso, o Deus Filho, que estava com Deus, abriu mão da Glória que tinha quando estava com o Pai, para se fazer um simples mortal, vencendo o mundo sem pecados, e se fazendo maldição pendurado no madeiro (que na época era a morte mais maldita), morrendo em nosso lugar, pagando, assim, os nossos pecados com a sua morte, para devolver ao homem a Vida (vida espiritual: livre acesso a Deus e vida na carne, com a ressurreição). Com a pena/punição cumprida, a Lei não foi ignorada, bastando aos homens aceitar essa redenção, seguindo os passos daquele que proporcionou essa Graça (dom imerecido). A decisão deve ser voluntária. Jesus fez a parte dele, e o homem tem que fazer a sua. Quem perseverar até o fim será salvo. Como é possível? No terceiro dia Ele ressuscitou, vencendo a morte, e dando vida eterna aos homens. Ensinou que veio para todos aqueles que o aceitarem e seguirem os seus passos, chamando-os de “Igreja”, “noiva”, fazendo uma alusão ao casamento. Ele é o esposo e a Igreja a noiva. Essa Igreja será ressuscitada no dia determinado e será glorificada, assim como Ele recebeu de volta a sua Glória.


OBS: Lembremos que há muito mais conhecimentos sobre o assunto na Bíblia, mas como esse estudo se restringe àqueles que ainda estão começando a estudar a Bíblia, não é justo se aprofundar tanto. Mas isso deverá ser feito aos poucos, pois o conhecimento de Deus é a chave para uma verdadeira vida cristã, pois quem o conhece, o obedece.


O Batismo, a Santificação e Oração

- Leitura recomendada: Carta aos Romanos


 “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” (Romanos 6:3-4)

“Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular”(Ef 2:19-20)

“Disse Paulo: O Batismo de João foi um batismo de arrependimento. Ele dizia ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus" (Atos 19:4)





Batismo
O nome “batismo” significa: enterro, sepultamento. Por meio desse ritual o homem que deseja seguir a Cristo, deve realizá-lo o mais rápido possível, pois é o início de uma vida cristã. É nesse ritual que você está declarando diante dos homens que deseja seguir os passos de Jesus Cristo. Assim como Jesus foi morto e sepultado, você será, simbolicamente, morto e sepultado nas águas. Assim como Jesus Cristo ressuscitou e recebeu de volta a sua Glória de Deus, você subirá das águas em novidade de vida.

Santificação
Essa novidade de Vida é despir-se do velho homem que havia em você. É procurar estar a cada dia mais parecido com o Senhor Jesus; seguindo os seus conselhos, e os ensinamentos dos apóstolos, pois estiveram com ele. Para isso, é necessário que você se arrependa dos seus pecados e procure não mais pecar. Para isso, é preciso conhecer a Deus, que só é possível com a leitura das escrituras para conhecer como Ele e os seus discípulos andavam. 

Apesar de Paulo nos dizer que podemos nos espelhar nele, podemos tentar fazer isso, conhecendo os ensinamentos que ele nos deixou, pois é mais fácil se espelhar em alguém com as mesmas limitações do que nós, do que no próprio Senhor Jesus, que não pecou. Mas não podemos nos espelhar em outros homens, pois a maioria não corresponde ao que deveria. Homens são falhos e se nos espelharmos neles, iremos nos decepcionar e decepcionar a Deus. Nossa rocha tem que ser os ensinamentos do Senhor que estão em sua Palavra, porque Ele é a Rocha principal, angular, e os apóstolos as pedras fundamentais. Muito cuidado ao ler livros com interpretações prontas. Muitas delas levam à perdição, pois estão contaminadas com doutrinas de homens, ou demônios, desviando os verdadeiros ensinamentos que o Senhor e seus discípulos nos deixaram. Estudar as Escrituras é nos aproximarmos de Deus; é aprendermos a ser como nosso Salvador. O conhecimento ajudará o Espírito Santo a te moldar conforme a imagem e semelhança do Filho, para que seja luz para o mundo; a ter os frutos do Espírito, tais como amor e humildade, que são fundamentais para te fazer permanecer firme no Evangelho da Salvação. Cuidado com a arrogância, e lembra-te que um dia também estava cego para a verdade. Assim, poderá ser mais paciente com as pessoas que precisam ouvir o Evangelho, e serem influenciadas por você. Mas cuidado para não acontecer o contrário, e eles te influenciarem a voltar aos velhos hábitos que te afastam de Deus. Se negue a estar em lugares que não são santos. Se seus amigos forem verdadeiros, irão entender e procurar estar onde você estiver. Assim, ganhará um irmão. Se sua família não for convertida, e fizer festas com bebedeiras e palavrões, ainda assim, você deve estar presente; mas mostre que você é diferente agora. Que há uma luz em você: a de Cristo. Você não precisa, inicialmente, tentar convertê-los. Deixe que eles percebam que você está diferente, e perguntem. Aí, se você já estiver apto a ensinar, ensine. Se não, apenas diga o que aconteceu e se ele se interessar, você poderá chamar alguém apto a ensinar em sua casa, levar uma palavra, ou convidá-lo a ir à igreja com você. Não os julgue, não os acuse. Isso os afastará do Evangelho. Deixe os frutos do Espírito transparecerem em você, como o amor, a paciência e a perseverança, sempre firme em tudo que você aprendeu de Deus, não se deixando contaminar.


Oração
A oração é fundamental para que você tenha relacionamento com Deus. Lembre-se que não há amor sem relacionamento e a oração é uma via de mão dupla. Você se achega a Deus e Ele se achega a você. E quanto mais esse amor cresce, mais forte você ficará. Também é dessa forma que você poderá entregar a ele os seus temores, as suas dificuldades, pedir ajuda, consolo e proteção e, o mais maravilhoso, adorá-lo. Lembre-se de colocar o Reino de Deus em primeiro lugar e as demais coisas vos serão acrescentadas. Lembre-se que Ele disse: Pedis e dar-se-vos-á, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, porque todo o que pede recebe, o que busca encontra e o que bate, abrir-se-vos-á. Mas peça com sabedoria, não para os seus próprios deleites.

Batismo com Espírito Santo, ou com Fogo

Na Igreja Primitiva vemos que no dia de Pentecostes o Espírito desceu sobre a Terra e trouxe dons espirituais aos homens. O Espírito Santo pode batizar o homem antes mesmo do batismo sobre as águas, mas geralmente isso acontece depois. Na verdade é um transbordar do Espírito. 

Infelizmente existe muito engano nas congregações sobre esse assunto. Existe uma grande diferença entre o ser selado com o Espírito Santo e receber dons espirituais. Algumas pessoas discriminam irmãos que não falam em línguas estranhas, dizendo ser inaptos ao trabalho na congregação, como se ele não fossem convertidos. Um grande erro, pois o selo com o Espírito vem no ato da conversão, e não com o batismo com o Espírito Santo. Sem falar que os dons espirituais nem sempre são visíveis. Por este motivo, não se deve discriminar um irmão por ele não ter dons visíveis.

Paulo nos alerta que há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo (I Co 12:4-9). Assim como há diferentes tipos de ministérios, mas Espírito é o mesmo. Esse mesmo Espírito se manifesta a cada um de forma diferente, dando palavra de sabedoria, conhecimento, profecia, discernimento, operar milagres, variedade de línguas,  interpretação de línguas, etc. Muitos dons não são visíveis, como o dom da fé, da cura, do amor, etc. Cada dom é distribuído de acordo com a vontade de Deus (Hb 2:4), mas isso não quer dizer que não possamos orar buscando um determinado dom. Essa variedade é necessária, pois a Igreja, por ser um corpo, necessita de diferentes membros para realizar diferentes tarefas. Cada membro deverá ter a sua responsabilidade no Reino de Deus, de acordo com o dom que lhe é dado. Um dedo não fará a função de um olho, mas cada se responsabilizará de acordo com a sua capacidade dada pelo Espírito.


PARTE III



Igreja

Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.( 1Pe2:5)

Essa palavra está sendo mal utilizada por muitos. Igreja não significa denominação, ou congregação. Igreja é o nome dado por Jesus ao povo que o segue. É o conjunto de pessoas que professam a mesma fé no Senhor Jesus Cristo, o sacerdócio real, nação eleita, povo adquirido. É formada por pessoas que, simbolicamente, são como pedras espirituais que formam um Templo espiritual onde Deus habita. Ao mesmo tempo, cada pessoa, individualmente, é considerada o Templo de Deus. Essa Igreja, composta de pessoas são fieis e obedientes, serão ressuscitadas na Segunda Vinda do Senhor. Jesus Cristo. Simbolicamente, ele, o "esposo", a chama de “noiva”, e as “bodas” seria o dia em que ele vem busca-la para viver com ela por toda a eternidade.


Congregação

“Não deixemos de congregar-nos, como é de costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” Hb 10:25


Congregação é a reunião de pessoas que professam a mesma fé. Nessas congregações sempre estarão juntas o “joio” e o “trigo”. O joio é a representação daquelas pessoas que não são verdadeiramente convertidas. Jesus nos ensinou que podemos reconhece-las por seus frutos, ou seja, se os seus atos são maus, ou bons, pois o trigo, apesar de parecido com o joio é alimento para o mundo; mas o joio é erva daninha que será queimado e desaparecerá.

É importante escolher um lugar para congregar, pois você receberá ensino, e companhia. Além disso, poderá entoar louvores ao Senhor, juntamente com outras pessoas. Isso tudo fortalece a nossa fé, principalmente no início da vida cristã, quando temos tantas dúvidas e precisamos tanto de alguém que entenda o que estamos passando. Mas nos dias de hoje pode ser muito difícil encontrar o lugar certo. Isso porque existem muitas denominações, e nelas pregadores que não pregam a verdade do Evangelho, mas usam o nome de Deus para enriquecer. Fique atento com isso. Ore ao Senhor. Analise se os frutos do espírito estão com os seus líderes e seguidores. Não se apegue a objetos "sagrados". Deus é Espírito e importa que o adoremos em espirito e em verdade. Não busque por riquezas materiais que a traça e a ferrugem consume. Mas busque as riquezas espirituais que irão segui-lo mesmo depois de sua morte (que não será para sempre). Mesmo diante das dificuldades de encontrar um lugar perfeito, não desista de congregar. Nenhum deles será perfeito, mas você precisa estar firme em Deus, e não no homem. Para isso, você precisa estudar as Escrituras e conhece-lo a cada dia mais.

Você deve ter cuidado para não se envolver e se enganar com o joio, principalmente quando estiver no início da vida cristã, ou eles poderão prejudicar o seu crescimento espiritual, e, até mesmo, te afastar definitivamente do Pai, fazendo-o perder a salvação, o bem mais precioso desta vida. Não acredite naqueles que dizem que não é possível perder a salvação. Que os eleitos, haja o que houver, serão salvos. Essa é uma doutrina de homens (ou seria demônios?). Não é uma doutrina bíblica. Sim, é possível perder a salvação. Isso se chama apostasia. Mas isso é um estudo mais profundo, que você poderá realizar mais tarde.

Esse estudo termina aqui, mas espero que o seu estudo não. Aprofunde-se nos assuntos aqui relatados e conheça outros, como a Ressurreição, que eu só comentei aqui. Leia primeiramente o Novo Testamento, depois o Antigo. E repita esse processo sempre, pois as revelações sempre te surpreenderão. Seja bem vindo à Família de Deus.



TEMPLO DE DEUS







“`À medida que se aproximam dele, a pedra viva-rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele, vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo” 1Pe 2:4-5
“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” I Co 3:16
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” I Co 6:19


Propósito do Templo

Afinal, qual é o propósito do Templo?

De acordo com a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o Templo é a habitação de Deus. Também é o local de oferecimento de sacrifícios agradáveis a Ele. No Antigo Testamento, vemos que Deus determinou aos seus servos a construção do Templo, para que pudesse habitar próximo de seu povo e purifica-los de seus pecados. Nessa época, o Espírito de Deus não habitava sobre todos os homens, mas apenas estava sobre aqueles que eram ungidos (para entender melhor sobre a necessidade do Sacrifício Expiatório, o perdão dos pecados, salvação, leia o Estudo: “Expiação”). Resumidamente, o caminho entre Deus e os homens ainda não era livre, na época do Antigo Testamento. Por isso, o ritual da expiação anual era fundamental. E este só poderia ser realizado dentro do Templo. Na verdade, o acesso ao perdão só era obtido por meio do referido Ritual da Expiação, anualmente, diante de Deus, ou seja, dentro do Santo dos Santos, ou Lugar Santíssimo, não sem derramamento de sangue (Hb 9:6-7).

Mas, e nos dias de hoje? Se Jesus foi o último sacrifício, que proporcionou a nossa redenção, seria necessária a construção de Templos? De acordo coma a Bíblia, não.
Todos aqueles rituais e sacrifícios determinados a Moisés eram apenas uma sobra, um protótipo do que haveria de vir. Vemos que, no Livro de Êxodo, o primeiro Templo foi feito por Moisés, com orientações de forma, tamanho, estrutura, e, até mesmo, de materiais que deveriam ser utilizados em sua construção; inclusive quais seriam os materiais para a fabricação dos utensílios que seriam usados após a sua conclusão (Hb 8:5). A parte mais importante do Templo era chamada “Santo dos Santos”, ou “Lugar Santíssimo”; essa era, também, a parte mais sagrada (Êx 26:33). Era o local onde ficava a Arca da Aliança, com os objetos: Vara de Arão, o vaso com maná e as tábuas da lei (Hb 9:3-5), que representavam a aliança de Deus com Israel (nome que foi dado ao povo - mesmo nome dado a Jacó). A Arca, em si, representava a presença de Deus. Ficava localizada debaixo de dois querubins, e separada do Lugar Santo por um véu. OBS: Grave bem essas palavras grifadas, pois esse véu de separação é muito importante, e falaremos dele mais adiante. O Lugar Santo, aquele que ficava antes do Lugar Santíssimo, era onde o sacerdote colaborava com o ritual da expiação, junto com o sumo sacerdote, e realizava outros rituais de ofertas e oblações.

Como vimos, além da habitação de Deus o Templo era usado para Ofertas, holocaustos e oblações pelo pecado. O “Santo dos Santos” era a parte mais sagrada, porque era o local onde ficava a Arca da Aliança, e representava a Presença de Deus. Da Arca emanava um poder tão grande e santo, que ninguém poderia tocá-la, ou seria fulminado. O Sumo Sacerdote era o único que poderia adentar à presença de Deus, mas tinha que ter um motivo: “o Rito da Expiação e Propiciação” (Lv 16:2,16,18; Lv 23:27; 1 Cr 6:49). Mas, se ele estivesse em pecado, e entrasse lá, esse seria o seu fim. Por esse motivo, antes de oferecer o sacrifício anual pelo povo, era necessário oferecer por si mesmo e sua família (Ex 30:10). A ordenança era que o rito acontecesse uma vez por ano, para que o povo permanecesse com a bênção do perdão por todo o ano. (Levítico 16: 30-34). Como falamos acima, todo esse ritual era realizado como protótipo do que haveria de vir, até se consumar o sacrifício perfeito, no verdadeiro santuário, com o imortal sumo sacerdote, derramando o mais justo, puro e inocente sangue, que nenhum animal poderia substituir. Por isso Jesus disse: “Está consumado” (João 19:30) e o véu do Templo se rasgou quando ele morreu (Lc 23:45), como sinal físico aos homens, porque a partir daquele momento, o caminho até a presença de Deus estava aberto para sempre, e não mais seriam necessários os sacrifícios anuais de animais, mediante um sumo-sacerdote mortal, mas o sacrifício perfeito foi concretizado, por derramamento de sangue perfeito, por um sumo-sacerdote eterno, mediador eterno, apto a estar na presença de Deus eternamente. E nós, fomos eleitos a sermos o sacerdócio real, a nação santa, povo adquirido por meio de sangue (1 Pe 2:9), chamados a oferecer sacrifícios espirituais de louvor e ação de graças, e serviço pela fé (1 Pedro 2:5, Hebreus 13:15, Filipenses 2:17). Nós, agora, temos o Espírito Santo habitando dentro de nós, nos convencendo do erro e do juízo, pois gravou as letras da tábua em nossos corações para não pecarmos contra o altíssimo (Hebreus 10:16, Romanos 2:15, Zacarias 14:20, Jr 31:33-34), e se por fraqueza da carne viermos a vacilar, sabemos que SE nos arrependermos e confessarmos nossas falhas, temos o mediador eterno, o sumo-sacerdote eterno, para interceder diante de Deus (Hebreus 12:24; Hebreus 9:15), que é fiel e justo para nos perdoar (1 João 1:6-9).

A Quem Devemos Confessar Nossos Pecados:

Para aqueles que acreditam que essa confissão deve ser feita a homens, quero esclarecer que isso não é verdade. Precisamos elucidar esse ponto sobre o perdão, aqui neste estudo, pois está diretamente ligado à Expiação, ao Templo e ao Sacerdócio. Por tudo o que estudamos até agora, podemos ter a certeza que não necessitamos mais de homens para serem mediadores, esteja ele vivo ou morto, ou “elevado aos céus” (como no caso dos profetas que foram arrebatados: Enoque e Elias; ou em relatos de livros apócrifos).

Alguns usaram a passagem: “aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.” (João 20:23) para implementar uma doutrina humana de que alguns homens tem o poder de perdoar pecados. Chamam esses “homens especiais” de “sacerdotes”, sendo que essa doutrina, logo aqui, já vai contra o ensinamento de Jesus, que elegeu a todo aquele que crê em seu nome, de “sacerdócio santo”. Portanto, é de se esperar que um cristão sensato, que leia e releia essa passagem, juntamente com todo o teor bíblico que fale sobre o tema, para constatar qual o verdadeiro significado, orando e jejuando, sem sessar, até que o Espírito Santo lhe dê o entendimento. Se algo parece turvo, estude!

Ao nos ater no contesto e em outras passagens que tratam do mesmo assunto, e, ainda, buscando os tempos verbais das versões do grego, vemos que essa passagem deveria ter sido traduzida para o tempo perfeito, e não como está. Isso importa, e muito, no que realmente Jesus quis dizer. Ao analisarmos o contesto, vemos que Jesus está chamando os apóstolos a anunciar o Evangelho. Anunciar às Boas Novas de salvação: Todo aquele que crer, e se arrepender, os seus pecados lhes serão perdoados. Se eles deixarem de anunciar a verdade, os pecados daquele povo serão retidos. Foi entregue a eles, a partir daquele momento, “As Chaves” para abrir as portas do Reino de Deus, por meio do conhecimento da Verdade. Sim, “As Chaves”. Vamos recordar da passagem lá atrás, em Lucas 11:39-52, onde Jesus culpa os peritos da lei de apoderarem-se da chave do conhecimento, dizendo que eles incluíram doutrinas de homens na lei, impossíveis de serem cumpridas, e mataram seus profetas que anunciavam a verdade, e impediram (trancaram) os que estavam prestes a entrar (no Reino).

Em Mateus 18:18 vemos a passagem: “Digo a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu”. O contesto dessa passagem se trata de perdão de pecados e exclusão de irmão de entre os que creem. E Jesus Cristo está falando com todos os discípulos, não somente com Pedro. Estava ensinando que se alguém peca contra você, você conversa com essa pessoa e mostra que ela está errada, e se ela cair em si, você ganha um irmão. Mas se ela não se arrepende, você, juntamente com testemunhas, tem o poder de afastar essa pessoa dentre vocês. No versículo 19 e 20 fala que “Também digo que, se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso será feito a vocês por meio do meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles”.  Isso quer dizer que o “poder” de ligar e desligar está com a Igreja, ou seja, com dois ou mais pessoas reunidas em nome de Jesus. E não na mão de um só homem, apesar da passagem anterior, de Mateus 16:18-19, em que Jesus fala a mesma coisa diretamente para Pedro:  que lhe dará “Chave do Reino dos Céus” para ligar e desligar. Vemos então, que Jesus falou com Pedro, sim, mas não somente com ele, e , sim, com todos os discípulos, mostrando que esse poder estava nas mãos da Igreja, ou seja, duas ou mais pessoas reunidas em seu nome

Aí está o perigo de basear doutrinas em uma única passagem, pois esta pode não estar bem clara; analisar o seu contesto, também é de fundamental importância. Se não existem outras passagens que afirmem uma doutrina, ou se ela, mesma, se esbarra com uma verdade bíblica em algum ponto, não pode ser aderida. Aí está a prudência tanto elucidada por Paulo: Análise das Escrituras. Se Jesus quisesse ensinar que o poder de perdoar pecados tivesse sido dado a alguns homens, seria óbvio a existência de outras passagens com a mesma afirmação, e relatos de coisas desse tipo no Novo Testamento, como no Livro de Atos, ou nas Epístolas, o que não existe!

Outra passagem sobre perdão que não eu poderia deixar de colocar aqui, é aquela ensinada por Jesus, quando mostra de que maneira deveremos orar, em Mateus 6:12:  “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Nessa passagem, Jesus está sendo bem claro que nós seremos perdoados, assim como perdoamos a quem pecou contra nós, mostrando que nós devemos perdoar 70 vezes 7 vezes, para sermos perdoados.

Enfim, nossa confissão deve ser feita em oração, diante de Deus, em nome de seu Filho. Nenhum homem seria mais perfeito que Jesus para ser mediador entre nós e Deus. Colocar um homem corruptível como mediador entre nós e o Pai é ignorar tudo aquilo que aprendemos sobre Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote eterno e justo, único mediador entre nós e Deus (1 Timóteo 2:5). É muito perigoso! Não aceitá-lo como único mediador é ignorar o sacrifício do Filho; é não confiar que foi suficiente, uma vez por todas; é negar que foi perfeito, e sabemos que, sem ele, não há salvação (Hebreus 9:15). Um grande erro, também, é acreditar que nós precisamos de um mediador entre nós e Jesus. Isso não existe! Ele se despiu de sua glória e viveu como homem, e conhece todas as nossas limitações. E agora, recebeu a sua glória de volta, podendo nos ouvir até pelos pensamentos, o que nenhum homem é capaz de fazer, mesmo que já esteja morto, ou arrebatado aos céus, simplesmente porque nossa essência é distinta da essência de Jesus.

O Templo Após o Sacrifício de Cristo

De acordo com o Novo Testamento, Deus não mais se utiliza de templos feitos por mão humanas, e esse não é mais o lugar de sua habitação (Atos 17:24; Hb 8:6-13). O sacrifício de expiação feito por Jesus Cristo aniquilou definitivamente o propósito da construção de novos templos. Agora, Deus habita dentro de nós. Nós somos o Templo do Espírito do Pai, para oferecermos sacrifícios de amor, de gratidão, todos os dias.

No entanto, nós precisamos de um local para congregar com os irmãos que têm a mesma fé. Mas esse local pode ser uma casa, uma escola, qualquer tenda montada no meio do nada. Não necessitamos de luxo, nem ostentar nenhuma riqueza, apenas de uma reunião, onde haja duas ou mais pessoas que professam a mesma fé.

Se o Templo somos nós, precisamos deixá-lo limpo, não somente por fora, mas por dentro, cuidando do que comemos e bebemos, sem exageros e glutonarias. Precisamos cuidar do que vemos e ouvimos. Do lugar que escolhemos estar. Por isso, o Senhor nos ensina a santificação. Esta deve ser buscada dia após dia. Não virá de uma só vez, mas aos poucos nos adaptamos ao nosso hóspede eterno, e nos  moldamos de acordo com os seus ensinamentos.

Qualquer denominação que queira endeusar um templo feito por mãos humanas, desconfie! Qualquer um que queira implementar uma doutrina nova, que deve ser realizada dentro de um templo feito por mãos humanas, rejeite! Sim, porque nós somos a Habitação do Senhor! Somos como Pedras Espirituais, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular desse alicerce ( Ef 2:20-22). Glória a Deus!

“Cristo, no entanto, é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e essa casa, precisamente, somos nós, isto é, se retivermos, com fé perseverante, a coragem e a esperança da qual nos gloriamos” Hb 3:6

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