Um Cristão Pode Perder a Salvação?


É possível que você já tenha ouvido falar que um cristão jamais perderá a sua salvação, pois o Espírito Santo é Penhor dessa salvação, e uma vez habitando naquele que creu, jamais o deixará.  A desculpa para aqueles que eram fiéis e se desviam da vontade de Deus, praticando atos que envergonham o Evangelho do Senhor Jesus, é que, na verdade, nunca foram convertidos e, por sua vez, nunca receberam o Espírito Santo.

Bem, essa afirmação é totalmente contrária ao que Diz a Palavra de Deus, pois ninguém diz que Jesus é o Senhor sem que seja pelo Espírito Santo. Existem passagens do Antigo Testamento que mostram que o Espírito de Deus, de acordo com o comportamento do homem, a falta de obediência, pode deixar aquele que ungiu. Um exemplo disso é a história de Saul, “o Espírito do Senhor deixou Saul” (II Samuel 5). Mas não quero me ater à Velha Aliança, já que hoje estamos debaixo da Graça, na Nova Aliança, onde há o ministério do Espírito de Deus na Terra. Existem diversas passagens do Novo Testamento

DEBAIXO DA GRAÇA


A lei  foi dada por Deus para despertar a consciência do ser humano para o pecado (Rm. 3.20; 4.15; 7.5). O homem, que antes era escravo do pecado e condenado pela Lei, pôde ser liberto da Lei através do sacrifício de Jesus, pois o sacrifício de animais não podiam cobrir os pecado dos homens; Jesus nos trouxe a Nova Aliança, uma aliança perfeita, e o homem não estaria mais sob julgo da lei, mas estaria vivendo debaixo da Graça, concedida por Deus através de Jesus. O que antes era impossível para o homem, tornou-se possível, pois pelo que está escrito, a letra mata: “A alma que pecar, essa morrerá”, mas o Espírito vivifica. O homem, que antes era escravo do pecado, involuntariamente, agora pode ser um voluntário servo Deus. A salvação por intermédio de Jesus nos foi dada sem merecimento algum. Isso é a Graça doadora (Xaris): "Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus" (Rm 3:24). 
Muitos tem um conceito equivocado de Graça. Não é porque nós estamos no período da Graça e não da Lei que podemos fazer tudo que um ímpio faz. Pelo contrário. É dever de todo aquele que é morada do Espírito, buscar santificação

ANJOS




Ao ler as Escrituras podemos perceber que em cada período, os anjos agem de formas diferentes, porém, percebemos também que o ofício é o mesmo.


No Antigo Testamento, destacam-se nas seguintes missões

- Protetora, como vimos a proteção de Ló e sua família;
- Mensageira, trazendo mensagens aos patriarcas;
- Libertadora, sempre a favor de Israel;
- Guerreira, guerreando a favor de Israel, muitas vezes, sem que eles levantassem a espada.

No Novo Testamento, algumas das formas são parecidas:

- Mensageiros, anunciando a vinda de João, e do messias;
- Guardadores/Protetores, avisando José para que fugisse com Maria grávida de Jesus;
- Libertadores, muitas vezes libertaram os apóstolos de prisões;
- Guerreiros, em Efésios fica claro a existência da Guerra Espiritual que se trava
no reino celestial a nosso favor;
- O NT também revela que os anjos estarão com Jesus em Sua segunda vinda (Mt 13.4 1; 16.27; 24.3 l).

Nos dias de hoje,

LIVROS HISTÓRICOS - I, II SAMUEL

I e II SAMUEL


Os livros de Samuel, na verdade, formam apenas um livro, pois na versão hebraica não há essa divisão. Nós fazemos essa divisão, colocando 1º Livro como o fim do período de Juízes, e o início da monarquia, tendo como último juiz, Samuel, que unge os dois primeiros reis de Israel, e o Segundo Livro como o livro de Davi.

Os livros giram em torno da mudança na vida nacional de Israel, que tem como personagens principais: Samuel, Saul e Davi. Saul foi o primeiro rei de Israel, e Davi, o segundo e como ele foi um homem segundo o coração de Deus, da sua descendência haveria um reinado eterno: Jesus Cristo.

AUTOR DO LIVRO


Em nenhuma parte se nos diz quem escreveu estes livros. A declaração constante de I Crônicas 29:29 sugere-nos

LIVROS HISTÓRICOS - RUTE

RUTE




INTRODUÇÃO

No grego, e em traduções posteriores, o livro de Rute vem em seguida ao de Juízes, visto que foi em seu tempo que ocorreu a história narrada neste livro. Na Bíblia hebraica, faz parte dos chamados escritos sagrados, uma subdivisão dos cinco pergaminhos que se liam em público nos dias de festa de Israel. A história de Rute culmina na época da colheita. Este relato era lido, em geral, durante a semana, ou festa da colheita do trigo,

LIVROS HISTÓRICOS - JUÍZES

JUÍZES


INTRODUÇÃO


O livro de Juízes conta a história de Israel desde a conquista da terra de Canaã até o começo da monarquia. Nesse tempo surgiram os "juízes", que eram principalmente chefes, militares, mas também resolviam as questões legais do povo.

Este livro ensina que o povo de Israel só continuaria a existir se fosse fiel a Deus, enquanto que a infidelidade sempre levaria à desgraça. Porém há mais do que isso. Mesmo quando a nação era infiel, e a desgraça vinha, Deus estava sempre pronto a salvar o seu povo quando eles se arrependiam e voltavam para Ele.


AUTOR DO LIVRO


Na ausência de informação precisa, várias sugestões têm sido apresentadas com respeito ao autor do livro dos Juízes. Ao estudá-lo detalhadamente, o que se perceber é que é uma obra de um só autor, como prova o esquema delineado e fielmente seguido em toda a narração. O autor, porém, não podia ter sido testemunha de tudo o que narra,

LIVROS HISTÓRICOS - JOSUÉ

JOSUÉ

INTRODUÇÃO

O livro de Josué, na verdade, é uma continuação do Pentateuco. Moisés levava o povo para a Terra prometida, mas seu tempo na terra havia acabado e morreu na terra de Moabe, contemplando a terra prometida. Deus escolheu Josué para ser seu sucessor e continuar a missão de dirigir o povo de Israel ao objetivo. Moisés, ou melhor, Deus, através de Moisés, já havia dado ao povo a parte Leste, antes do Jordão, porém, faltava atravessar o Jordão e continuar as conquistas. A maior parte do livro revela a conquista de Canaã e a divisão da terra entre as tribos de Israel. Retrata desde a nomeação de Josué como sucessor de Moisés, sua morte aos 110 anos de idade, até algumas conquistas após sua morte.


AUTOR DO LIVRO

O título do livro indica que Josué é seu personagem principal, porém, não é possível que seja seu autor. O livro em si mesmo é anônimo, embora exista sólida evidência interna

PROFETAS MENORES

RESUMO DO LIVRO "PROFETAS MENORES II"
Isaltino Gomes Coelho Filho






INTRODUÇÃO


No Livro “Os Profetas Menores II”, Isaltino Gomes Coelho Filho, explica a história da época de cada profeta, para que os livros proféticos sejam mais bem entendidos. Antes disso ele comenta a respeito da denominação dada a esses livros,

EFÉSIOS

ESTUDO DA CARTA AOS EFÉSIOS
A cidade de Éfeso era uma das maiores cidades do Império Romano. Era a capital da província chamada Ásia Menor, cujo território pertence, hoje, à Turquia. Entre suas construções, destacava-se o templo da deusa Diana, também chamada de Ártemis, cujos cultos incluíam orgias em seus rituais. Conta-se em escritos antigos, que o templo foi incendiado no dia em que nasceu Alexandre Magno. Posteriormente, ele ofereceu-se para reconstruí-lo, mas a sua oferta foi recusada pelos efésios, que reconstruíram o santuário, tornando-o ainda mais esplêndido do que o anterior. Quando Paulo escreveu a primeira carta aos corintios, encontrava-se em Éfeso.


A carta foi escrita entre 60 e 61 d.C. e seu portador era Tíquico (Ef 6:21-22), porém, parece, na verdade, ter sido uma correspondência circular destinada às diversas igrejas da Ásia Menor. De acordo com os estudiosos dos manuscritos do Novo Testamento, a expressão "que vivem em Éfeso" (1.1) não aparece em todas as cópias antigas. Supõe-se então que poderia se tratar de uma carta circular e que, eventualmente, alguém tenha acrescentado essas palavras quando endereçou uma cópia para os efésios. Alguns comentaristas sugerem que essa epístola possa ser a mesma que Paulo menciona em Colossenses 4.16, quando fala da carta enviada aos Laodicenses e que deveria ser lida também em Colossos.
Contexto Histórico
Paulo fundou a igreja em Éfeso em sua primeira visita, durante a segunda viagem missionária (At.18.19). Na segunda vez em que foi à cidade (At.19.1), permaneceu lá durante um período superior a dois anos. Éfeso tornou-se o centro dos trabalhos missionários de Paulo. O trabalho foi tão bem feito naquele período que toda a Ásia Menor foi evangelizada (At.19.10). Pode ser que nessa ocasião tenham sido fundadas as sete igrejas mencionadas no livro de Apocalipse (2 e 3).
A permanência de Paulo em Éfeso foi interrompida por uma grande perseguição. Sempre que  isso acontece, o Evengalho acaba se espalhando, e foi o que aconteceu. Em consequência disso, o comércio das imagens da deusa Diana estava se enfraquecendo. Os fabricantes de ídolos provocaram grande tumulto, tentando fazer com que Paulo fosse publicamente condenado por pregar uma doutrina que estaria "prejudicando" a cidade (At.19.21-40; I Cor.15.32), pois o turismo e o comércio estavam estabelecidos sobre sua idolatria. Diante disso, Paulo teve de se retirar. Depois de algum tempo, mandou chamar os líderes da igreja de Éfeso para se encontrarem com ele em outra cidade, Mileto. Ali, Paulo se despede deles, dizendo que não mais o veriam (At.20.16-38).
Personagens Importantes
Timóteo, Apolo, Áquila e Priscila trabalharam na igreja de Éfeso (At.18.18,19,24; I Tm.1.3; II Tm.4.19). Sabe-se, de acordo com a tradição, que o apóstolo João também exerceu ministério naquela cidade e ali morreu, pois em Apocalipse 2:1 entende-se que João escreveu uma carta à igreja de Éfeso assim como fez a outras seis igrejas da Ásia.
Motivo de envio da carta
As igrejas cristãs estavam se estabelecendo em diversas cidades do Império Romano, e apesar dos protestos e perseguições, alguns se convertiam. Logo estava estabelecida a igreja e sua formação incluía gentios e judeus. A igreja era formada por homens e mulheres, servos e senhores, escravos e livres, ricos e pobres. Essa variedade se tornava, muitas vezes, causa de divisão, partidarismo, dentro das igrejas. Por isso, Paulo escreve aos efésios, tendo como principal tema a unidade da igreja. Seu foco está principalmente sobre a questão entre judeus e gentios. Tudo isso nos mostra que era fácil que a igreja se dividisse internamente entre o grupo dos judeus e o grupo dos gentios. Então, Paulo insiste na doutrina da unidade da igreja. Explica que Cristo chamou pessoas tão diferentes e as uniu em um corpo para que aprendessem o amor que supera todas as desigualdades. Deu uma visão do que era espiritualidade deixando claro que há um mundo espiritual e que nós fazemos parte dele, como um corpo, e temos que lutar contra as forças malignas, que fazem parte do reino das trevas, tendo nossa força naquele que nos salvou.


Bibliografia:
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão Contemporânea - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD

GÁLATAS

ESTUDO DA CARTA AOS GÁLATAS

A Galácia não era uma cidade, mas uma região da Ásia Menor, que incluía várias cidades, entre elas Antioquia, Psídia, Icônia, Listra e Derbe, evangelizadas por Paulo e Barnabé durante a primeira viagem missionária. A Carta foi escrita, provavelmente, no período de 55 à 60 a.C. Paulo defende a doutrina da justificação pela fé. Faz várias advertências contra a reversão ao judaísmo, e a vindicação do seu apostolado. Esta carta tem sido chamada por alguns escritores de “A Carta Magna da Igreja”, devido a esses argumentos de defesa à liberdade cristã em oposição ao ensino judaizante e alerta contra aos falsos mestres.

Estrutura e Tema
Gálatas contém divisões doutrinárias em seus capítulos. Na primeira seção (caps. 1-2), Paulo defende sua autoridade apostólica. Na segunda seção, doutrinária, (caps 3-4), Paulo apresenta uma série de argumentos e ilustrações para provar a inferioridade da Lei em relação ao Evangelho e ensina qual seria o verdadeiro propósito da Lei. Na terceira, aplicação prática da doutrina (caps. 5-6), Paulo exorta os gálatas a usarem adequadamente sua liberdade cristã e tomando o cuidado para não abusarem da mesma. Ao invés de dar lugar ao pecado, somente o Evangelho de Cristo fornece meios para se obter a justiça de Deus que a Lei exige.

Contexto Histórico

Os cristãos que moravam na Galácia estavam passando por momentos difíceis. Falsos irmãos, os judaizantes, estavam confundido-os com falsas doutrinas, tirando-lhes a liberdade dada por Cristo. Para conseguir convencê-los, provavelmente, colocavam em dúvida a autoridade de Paulo por ele não ser um dos doze. Porém, os judaizantes eram aproveitadores que procuravam agradar os gálatas na tentativa de persuadi-los a adotar a religião judaica; ensinavam que a salvação dependia também da Lei, principalmente da circuncisão. Segundo eles, para ser cristão, era necessário, antes, ser judeu, não necessariamente por descendência, mas por religião.
Paulo mostra-se entristecido com toda a situação. Procura defender seu apostolado que foi dado diretamente por Cristo, usando dessa sua autoridade para declarar que a doutrina dos judaizantes não era vinda da parte de Deus e devia ser considerada como anátema (Gl 1.9). O próprio Paulo ensinava a valorização das Sagradas Escrituras, que foi doutor da lei, fariseu zeloso, como ele mesmo se auto- denominou, reforçou o ensino de que a salvação ocorre pela fé na suficiência da obra de Cristo, mostrando Abraão como exemplo, assim como fez na epístola aos Romanos. Afirmou que o patriarca foi justificado pela fé e não por obediência à Lei. Tal exemplo era de grande peso para os judeus que lessem a epístola. Na seqüência, o apóstolo expõe diversos aspectos da obra de Cristo e do Espírito Santo na vida do salvo sem as imposições da Lei. Realçou que a esta era apenas uma sombra, uma direção, até que o Cristo viesse e consumasse a Sua Obra redentora.
A lei servia para regulamentar a vida dos servos de Deus num tempo em que pouco se conhecia a respeito do Senhor. É certo que ainda não O conhecemos tanto, mas nós temos o Antigo e o Novo Testamento e temos uma visão melhor do que eles tinham. “Na pleinitude dos tempos, Deus enviou seu filho” para consumar a Obra redentora. A igreja representa um estágio de maturidade do povo de Deus. Os que hoje se convertem, não precisam repetir toda a experiência de Israel no Egito, no deserto, no cativeiro, etc. Já recebemos todo o resultado desse processo através da bíblia e da pessoa de Jesus. Os gentios são "os trabalhadores da última hora" (Mt.20.1-16). Os judeus são representados pelos que trabalham desde o início do dia e ficam indignados que os que chegam no fim do expediente não tenham passado por tantas horas de labor e estejam recebendo o pagamento integral.
Paulo, porém, ao falar da liberdade em Cristo, teve o cuidado de deixar claro o limite dessa liberdade para não ser mal interpretado. Na linguagem do maligno, liberdade significa ausência de compromisso com Deus, ausência de limites. Entretanto, aqueles que se aventuram por essa trilha acabam comprometidos com Satanás e presos em suas redes e não livres. Na verdade, ele era cauteloso em todos os seus comentários e mostrava-se bastante preocupado em relação à possibilidade de que seu trabalho tivesse sido em vão naquele lugar, demonstrando, assim, seu grande amor pelos gálatas.

Personagens importantes

A carta não menciona os nomes dos judaizantes, nem dos cristãos, limitando-se na defesa da sã doutrina. Sabe-se que essa região foi evangelizada por Paulo e Barnabé.



CONCLUSÃO
Em nosso século, também podemos dizer que sofremos tanto com os “judaizantes”, quanto com os que deturpam a liberdade em Cristo. O Evangelho de Jesus Cristo tem sido desafiado por pessoas que, se dizendo crentes em Jesus, ou colocam exigências que entendem que devam ser cumpridas pelos demais, e chegam a ponto de julgar àqueles que não seguem suas doutrinas, ou não anunciam a santidade que o cristão deve ter, sendo o Tempo do Espírito Santo, envolvendo a congregação a uma liberdade maligna, sem compromisso com Deus.
Temos que ter em mente que o Evangelho de Cristo ultrapassa a Lei, e não é limitado por ela. Ficar atrelado a qualquer pré-requisito é desconsiderar a Graça de Deus que nos foi dada através da fé em Cristo Jesus. Não existe outro evangelho, somente aquele baseado na Graça de Deus. Mas temos que saber os limites da nossa liberdade para que nossa conversão seja verdadeira a cada dia, buscando alcançar o caráter de Cristo. O evangelho vivido não deve ser notado por marcas, estigmas externos, mas no coração:

Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo [...] As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade fingida, e em disciplina do corpo, mas não é de valor algum senão para a satisfação da carne” (Gl 6.12; Cl 2.23).
Quando Paulo diz que estava marcado com as marcas do Evangelho, não era no sentido literal, mas tem relação com seu sofrimento por amor à pregação do Evangelho, não marcas externas, apesar de, certamente, possuir algumas, devido às grandes perseguições sofridas. Temos que lembrar que somos assinalados pelo selo do Espírito Santo (Ef 1.13) e por isso, estar com o Seu templo limpo. Fomos comprados pelo preço do sangue de Jesus (1Co 6.20). A marca de Cristo não é feita externamente, mas, sim, por meio de uma vida reta e santa diante de Deus. É nessa marca que devemos nos gloriar, pois estaremos nos gloriando nEle, não em nós mesmos. "Porque dEle e por Ele, para Ele são todas as coisas!"

MORTE ESPIRITUAL






mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”
Gn 2: 17



Esse versículo revela a ordenança de Deus que não deveria ser descumprida, tendo como penalização a própria vida. A Morte citada aqui, não é apenas a morte física, mas, principalmente, a Morte Espiritual. Quando Adão comeu do fruto, não morreu imediatamente em seu corpo físico, mas, imediatamente, foi quebrado um elo de comunhão com Deus, o qual só foi religado por meio da Morte Física do Cordeiro Perfeito, Cristo, que se entregou à morte como um sacrifício vicário, ou seja, morreu em nosso lugar. Foi uma morte substitutiva para que se cumprisse a Justiça de Deus que dizia: “A alma que pecar, essa morrerá” (para entender melhor sobre a morte substitutiva e justiça de Deus, leia o artigo sobre Expiação: http://estudoseaconselhamento.blogspot.com.br/2010/09/expiacao.html). Assim, foram restauradas tanto a vida espiritual do homem, como a sua eternidade, que se dará com a ressurreição dos mortos.
O Trecho abaixo mostra bem claramente o que é Morte Espiritual e o que foi comentado acima:
Rm 5:12 "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.
16 Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida".

Outro versículo interessante:
Ef 2: 1 Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados;

GRAÇA DE DEUS


Mas se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça” 
 Rm 11: 6
Esse versículo nos deixa bem claro o que é Graça de Deus. A salvação é um presente de Deus; um presente que nos foi dado imerecidamente e nada temos que fazer além de crer em Jesus, o Messias e seguir seus passos (abrindo um parêntesis para explicar o nome do Senhor: Yeshua Hamashia, em aramaico, ou Yeshua Meshiach - que quer dizer o salvador que foi enviado por Deus - o nome traduzido não quer dizer que o poder do seu nome perdeu o valor, tendo em vista que nos referimos ao filho de Deus, que foi enviado para nos salvar, Caso se sinta incomodado em traduzi-lo, então use o nome como os judeus, Yeshua Hamashia).  Pelas obras é impossível se achegar a Deus, pois o homem não consegue cumprir as ordenanças inteiramente, as mesmas que o condena: (veja o artigo: http://estudoseaconselhamento.blogspot.com.br/2016/07/o-pecado_71.html#more - O PECADO)


A Graça se estendeu a toda a humanidade; a todo aquele que crê no Filho de Deus, enviado: “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou para com muitos”. Rm 5: 15. 

Sem a Graça, não seria possível sermos salvos, pois a Lei, que deveria nos direcionar, acaba por condenar toda a humanidade, uma vez que não conseguíamos cumpri-la  em sua integralidade. Um exemplo disso pode ser constatado no Novo Testamento, quando Jesus nos ensina que, até mesmo com os olhos, podemos cometer o pecado do adultério. Quem poderia se salvar apenas pela Lei?

Hoje, pela Graça do Senhor, as ordenanças nos direcionam à uma vida de santificação, sem a qual ninguém verá a Deus. Mas devemos entender as palavras de Paulo, quando diz que a nossa liberdade em Cristo, por meio da Graça, a qual nos libertou das algemas das ordenanças da Lei, não deve ser confundida com a libertinagem. Pois quem segue, verdadeiramente, a Cristo, pratica o que Ele praticou: segue os Seus passos, se despindo do velho homem (da vaidade, da ganância, da futilidade, do egoísmo, da maldade), para se tornar um homem restaurado (cheio de amor para com o próximo, com a sua personalidade transformada para a pratica do bem, praticando as obras do espírito), O homem que permanece praticando as obras da carne, em suas impurezas sexuais, e se contaminando com pensamentos vis e sentimentos malignos, prova para si mesmo e para o Pai, que não tem parte com o Senhor Jesus Cristo e tais pessoas não entrarão no Reino dos Céus (1Co 6:9-10, Rm 1:32, Mt 5:20, Mt. 18:3)


FÉ PARA SALVAÇÃO


Verificamos como esses termos estão relacionados um com os outros. Em Ef 2: 8-9 – “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus não vem das obras, para que ninguém se glorie” – fica bem claro essa relação.
A fé em Cristo Jesus é que nos justifica, é que nos dá a salvação:
sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei; pois por obras da lei nenhuma carne será justificada
Gl 2: 16.
que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que está preparada para se revelar no último tempo”.
1 Pe 1: 5

ARREPENDIMENTO


O Arrependimento não é um sentimento de remorso por causa do pecado, mas é um sentimento de necessidade de conversão, de mudança de atitude.
Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte”

II Co 7: 10

O Arrependimento é um requisito importante para se alcançar a Salvação. É necessário crer em Cristo. Andar como Ele andou, reconhecendo nossa condição de pecadores e nos arrepender de nossos pecados:
"Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis”
Lc 13: 3


NASCER DE NOVO, OU SEJA, NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO

   

João 3:5 diz assim:

"Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus".


Por que? A prova de que uma pessoal realmente se arrependeu, é vista em seus atos modificados, ou seja, os seus frutos serão visivelmente transformados. Assim, tem-se um novo nascimento, o nascimento do Espírito:
"O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". Jo 3; 8
Aquele que faz a vontade de Deus, que não satisfaz a vontade de sua própria carne, mas que está disposto a renunciar seu próprio “eu” e seguir os passos que Jesus seguiu. Esse é aquele que é nascido do Espírito, não esquecendo, é claro que Jesus disse:
Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra”
Jo 4:34

Existem muitas religiões e filosofias por aí que ensinam exatamente o contrário. Fazem uma lavagem cerebral nas pessoas para que elas acreditem que, para serem felizes, precisam "valorizar" o seu "eu", "encontrar" o seu "eu", a sua "voz interior", "força interior", entre outros "termos" utilizados, que, na verdade, dizem a mesma coisa: "olhe para si mesmo". Temos que ter muito cuidado com isso, pois Jesus nos ensinou a nos amar, sim, inclusive o amor a si mesmo é direcionamento para o amor ao próximo: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". No entanto, o amor a nós mesmos, não pode superar o amor a Deus. Ele deve ser o centro de nossas vidas. Nossa vontade já não nos pertence, mas fazer a vontade do Pai. Deixar-nos levar por Ele, como o vento leva uma folha seca... é esse o propósito. Deixar o Seu Espírito entrar em nós, nos purificar e nos santificar para que isso aconteça, pois Ele não habita em templos impuros.

CONFESSAR (Rm 10:8 e 10)



Para receber Jesus em nossas vidas é necessário confessar com nossa boca: 

Jo 2: 23 - "Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai
1 Jo 4:15 "Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus".

Para confessar é necessário fazer uma oração de entrega da sua própria vida a Deus e reconhecê-lo diante dos homens. Pois assim Jesus o confessará diante de Deus: "Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus"(Mt 1:32). Confessar o Senhor diante dos homens é não se envergonhar de reconhecê-lo como Salvador, permitindo-se transformar. Todos verão, perceberão a diferença de suas atitudes,  mas você não terá vergonha de dizer que O encontrou e O deixou entrar em sua vida. Você, a partir desse momento, será luz para o mundo.


PORQUE TODO HOMEM É PECADOR?

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram
Rm 5: 12
Esse versículo deixa claro que o pecado de Adão se estendeu a todo o mundo, portanto, todos são pecadores. Essa informação é confirmada em
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Rm 3: 23
Nós só podemos ser justificados através de Yeshua Hamashia - Jesus, o Messias.

Se você chegou até aqui e ainda não fez uma oração ao Senhor, entregando a sua vida a Ele, faça isso agora! Não deixe para amanhã uma decisão tão importante! Se ainda acha que não está preparado para isso, acredite, todos acham que não estão. Esse é apenas o primeiro passo. A salvação é alcançada com a santificação, sem esta, ninguém verá a Deus. Mas o primeiro passo tem que ser dado. Com o reconhecimento de que nós somos pecadores e carecemos da Graça do Senhor, subimos o primeiro degrau desse processo de limpeza, purificação e santificação. Mas a decisão de se aproximar do Senhor não deve ser um fardo, e, sim, um descanso. Se tem sinceridade de coração e sabe que a sua vida segue uma direção que se distancia do Senhor, dê esse primeiro passo e Ele saberá direcioná-lo ao próximo passo, mas não deixe de orar, buscar a face do Senhor, conhecê-lo por meio das Escrituras.  Deus esteja contigo!

DOUTORES DA LEI

DESCOBRINDO O VERDADEIRO SIGNIFICADO DAS PALAVRAS


FARISEUS - Sucessores de hassidim (”os piedosos”) do século II a.C., formavam um partido religiosos puritano. Resistia aos costumes e ao pensamento grego, entrincheirando-se na observância zelosa e rigorista da letra da Lei escrita e oral. A grande maioria dos escribas e doutores da Lei aderiu ao farisaísmo e obteve o apoio quase total do povo judeu, graças ao prestígio moral e religioso que alcançaram.


SADUCEUS - Partido religioso que se opunha ao partido Fariseu. Mostrou-se aberto às influências estrangeiras, procurando conciliar judaísmo e helenismo, teologia hebraica e filosofia grega. Este partido teve forte penetração entre os sacerdotes. Em sua maioria, eram sacerdotes e ricos aristocratas. É provável que tenham surgido no período Macabeu.

DIFERENÇAS ENTRE SADUCEUS E FARISEUS


As principais diferenças doutrinárias entre saduceus e fariseus foram:

1ª. A questão da Ressurreição :
- Os fariseus admitiam a imortalidade da alma, a existência de uma recompensa e de um castigo após a morte, assim como a ressurreição dos corpos, depois de um juízo universal.
- Os saduceus, pelo contrário, negavam a ressurreição e a existência de uma vida eterna após a morte, afirmando que a alma perecia junto com o corpo. Nos Atos dos Apóstolos (23:6) se lê que Paulo se aproveitou dessa divergência entre saduceus e fariseus para dividir o Sinédrio que ia julgá-lo.

2ª. Os anjos:
Os fariseus acreditavam na existência dos anjos,
- Saduceus a negavam.

3ª. A questão do destino, (predestinação e livre- arbítrio).
- Os Saduceus tendiam a dar mais importância ao livre-arbítrio do que à ação de Deus, através da graça, nas ações humanas.
- Os fariseus, em contraposição, davam tal importância à ação da providência divina, na decisão dos atos humanos, que alguns autores os acusam de defender a idéia do destino, isto é, que as ações humanas não são livres, dependendo unicamente do querer de Deus, sem cooperação do livre-arbítrio humano.

4ª. A "Tradição dos Antigos"
- Os fariseus se distanciavam dos Saduceus também na valorização da chamada "Tradição dos Antigos". Eles faziam a Lei Oral suplantar em valor e respeito até a própria Lei de Deus, codificada por Moisés. Diziam eles que a Torah Oral era o mais correto e perfeito desenvolvimento e expressão da Torah escrita.
- Os Saduceus, de seu lado, não aceitavam as tradições farisaicas que não tivessem claro e certo apoio no texto da Escritura. Como testemunha Flávio Josefo, "os fariseus impuseram ao povo muitas leis provenientes da tradição dos Antigos, que não estavam escritas na Lei de Moisés" (Flávio Josefo, Antiguidades judaicas, XIII, 10, 6 ).

5ª. Posicionamento político
- O partido Saduceu era principalmente sacerdotal e aristocrático,
- Os fariseus recrutavam seus membros nas classes populares. Os Saduceus sempre mantiveram um posicionamento político-religioso; sempre foram muito mais religiosos do que políticos. É absolutamente certo que os fariseus dominaram doutrinariamente as escolas rabínicas e eram eles que determinaram as principais opções religiosas do povo judeu.

ESSÊNIOS - Seita monástica e acética que vivia no deserto da Judéia, às margens do Mar Morto. Eram praticamente desconhecidos até a descoberta dos manuscritos do Mar Morto, em 1947. A seita da comunidade de Qumram foi organizada por um “mestre de justiça” no final do Século II a.C. Consideravam-se a si mesmos “os filhos da luz”. Viviam completamente separados do judaísmo de Jerusalém, o qual consideravam apóstata. Aguardavam o dia da batalha final, quando então haveriam eles de obter a vitória sobre “os filhos das trevas”. Esperavam a vinda do messias, um sacerdotal e outro real, ou um que combinasse ambas as funções. Era radicalmente dualistas em seus conceitos. Embora sua terminologia seja parecida com o Cristianismo, o conteúdo de seus ensinamentos é acentuadamente distinto. Desapareceram por volta de 73 a.C. quando da conquista da fortaleza de Massada pelos Romanos.

ESCRIBAS - Eram técnicos no estudo da lei de Moisés. A princípio essa ocupação pertencia aos sacerdotes. Esdras ao mesmo tempo era sacerdote e escriba (Ne 8:9). A principal atividade do escriba era estudar sem qualquer distração. Surgiu depois do exílio babilônico. Os Escribas se reuniam em famílias e associações. Inicialmente não formavam um partido político, mas devido as medidas repressivas de Antíoco Epifânio, tornaram-se. Eles exerciam influência principalmente na judéia até 70. Os escribas foram originadores do culto na sinagoga. Alguns deles figuravam como membros do sinédrio. Após 70 tornaram-se mais importantes ainda; perseveraram em forma escrita da Lei oral e transmitiam fielmente as Escrituras Sagradas. Tinham 3 funções: 1ª. Eram os estudiosos profissionais da Lei, bem como seus guardiões, especialmente durante o período helenístico, quando o sacerdócio se corrompera. 2ª. Reuniam em torno de si muitos alunos a fim de instruí-los na Lei. Cobravam pelos estudos e não deviam. 3ª. Eram chamados doutores da Lei e mestres da Lei, pois eram responsáveis pela administração da lei da qualidade de Juízes do Sinédrio. Não eram pagos pelo serviço.

SINÉDRIO - Transcrição usada no talmude para o vocábulo grego “sinedrion” (do qual o termo hebraico “sanhedrin” é uma palavra emprestada. Era um tribunal dos judeus, que se reunia em Jerusalém, e igualmente a outros tribunais inferiores. No Novo Testamento, o termo se refere à suprema corte judaica (Mt 26:59; Mc 14:55), ou simplesmente a qualquer tribunal de Justiça (Mt 5:22).
A constituição do sinédrio se modificou com o passar dos anos. Originalmente se compunha de aristocracia sacerdotal predominante composta de saduceus, mas a composição dos seus membros se alterou desde os dias da raínha Alexandra (76 a.C), quando os fariseus eram incluídos, bem como os escribas.
A jurisdição era grande nos tempos de Jesus. Exercia jurisdição civil e criminal. Tinha autoridade administrativa e podia ordenar aprisionamentos pelos seus próprios oficiais de Justiça. Tinham o direito de julgar casos que não tinham punição capital.

DOGMA - Ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa, e , de qualquer doutrina ou sistema. Na Igreja Católica Apostólica Romana, ponto de doutrina já por ela definido como expressão legítima e necessária de sua fé.

LIVRO DE HEBREUS

INTRODUÇÃO



A publicação, em 1965, do material a respeito de Melquisedeque, reavivou o interesse de se examinar novamente o livro de Hebreus, para se identificar as pessoas a quem este documento foi originalmente dirigido.


CARTA OU SERMÃO


Alguns estudiosos crêem que essa obra pode ter sido o primeiro sermão cristão. Apesar de sua profundidade e tamanho não parecer com os sermões de hoje, se assemelha com as pregações no período da Reforma e do movimento Puritano. Também pode ter ser uma combinação de vários sermões. Alguns detalhes que justificam essa hipótese:
  1. A referência do termo “Palavra de Exortação” ao se referir a obra.
  2. O fato de não começar como uma carta e, sim, soar como um sermão.
Há uma hipótese de essa obra ter sido um sermão a uma congregação em particular de cristãos palestinos e mais tarde ter sido enviada como carta a Roma.


AUTORIA


A autoria é desconhecida, mas esse fato não pode diminuir o valor da obra. Ela contém o grego mais puro e belo do Novo Testamento. O autor tem recebido o título de “Isaías do Novo Testamento”. Há várias suposições de sua autoria, vejamos algumas delas:
  • Clemente e Hermes de Roma Reivindicavam que a autoria era do Apóstolo Paulo.
  • Clemente de Alexandria Contendia que Paulo escreveu em hebreu e Lucas traduziu para grego, justificando assim a diferença de estilo das outras cartas. A maior parte da Igreja Ocidental cria na autoria de Paulo, apesar de a Comunidade de Alexandria ter suas dúvidas sobre essa autoria.
  • Origenes - Não concordava com Clemente. Cria que foi escrita por um discípulo desconhecido de Paulo.
  • Tertuliano - Cria que foi escrita por Barnabé. Como Barnabé era amigo de Paulo, isso explicaria o sabor paulino em certos trechos do documento. O fato de Barnabé ser levita explicaria, também, o profundo conhecimento do escritor acerca da adoração levítica.
  • Lutero - Cria que era Apolo, pois era eloqüente e poderoso nas escrituras.
  • Calvino -Sugeriu que Lucas era não meramente o tradutor, mas o escritor de Hebreus.

Enfim, é mais fácil dizer quem não pode ser o autor da obra, do que quem é o autor. Sabe-se que a preocupação da Carta era com o sacerdócio de Cristo, tendo oferecido a si mesmo, como sacrifício totalmente suficiente pelos nossos pecados: Expiação. Já Paulo, em suas cartas, dava ênfase à ressurreição.
Pode-se dizer que o autor era hebreu, conhecedor do judaísmo e sua história. Era um mestre da Midash e conhecedor da adoração Levítica. Judeu helenista, pois tinha afinidade com a filosofia grega.


ÉPOCA



Não existe uma evidência clara, mas sabe-se que a obra foi escrita no período de 64 d.C a 95 d.C em um período de perseguição, pois as citações as citações do autor mostra claramente isso. Por que o período de 64 a 95?
  • O ano de 64 d.C, é uma das opções porque foi quanto aconteceu a perseguição de Nero em Roma, onde provavelmente Paulo foi martirizado, e se formos admitir que Paulo é o autor, então, não pode ter sido depois.
  • O ano de 70 d.C é uma opção por causa da citação “não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura” (13:14), e nesse ano aconteceu a queda de Jerusalém e à destruição do Templo pelos romanos.
  • O ano de 81 d. C na perseguição de Domiciano é pouco provável, pois Domiciano em sua perseguição obrigava os cristãos a adorá-lo e a obra não faz nenhuma menção a isso.
  • A carta não pode ter sido feita depois do ano 95 d. C porque foi citada por Clemente em sua epístola a Corinto.


DESTINATÁRIOS


Alguns estudiosos afirmam que a obra foi destinada aos judeus convertidos ao cristianismo que estavam em Roma ou em outra localidade. James A. Sanders crê que a Obra foi feita para pessoas que tinham alguma afinidade com a seita dos essênios que se refugiaram em Qumran. Outros estudiosos defendem que, ao menos, foi feita para os convertidos dentre os essênios que ainda se apegavam a certas doutrinas.

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