JOSUÉ
INTRODUÇÃO
O livro de Josué, na verdade, é uma continuação do Pentateuco. Moisés levava o povo para a Terra prometida, mas seu tempo na terra havia acabado e morreu na terra de Moabe, contemplando a terra prometida. Deus escolheu Josué para ser seu sucessor e continuar a missão de dirigir o povo de Israel ao objetivo. Moisés, ou melhor, Deus, através de Moisés, já havia dado ao povo a parte Leste, antes do Jordão, porém, faltava atravessar o Jordão e continuar as conquistas. A maior parte do livro revela a conquista de Canaã e a divisão da terra entre as tribos de Israel. Retrata desde a nomeação de Josué como sucessor de Moisés, sua morte aos 110 anos de idade, até algumas conquistas após sua morte.
AUTOR DO LIVRO
O título do livro indica que Josué é seu personagem principal, porém, não é possível que seja seu autor. O livro em si mesmo é anônimo, embora exista sólida evidência interna
de que foi escrito por uma testemunha ocular dos muitos acontecimentos descritos.
O livro talvez tenha sido escrito por um dos "anciãos que ainda sobreviveram" depois de Josué e que certamente utilizou o material escrito pelo próprio Josué (24:26; 24:1-25).
O título do livro indica que Josué é seu personagem principal, porém, não é possível que seja seu autor. O livro em si mesmo é anônimo, embora exista sólida evidência interna
de que foi escrito por uma testemunha ocular dos muitos acontecimentos descritos.
O livro talvez tenha sido escrito por um dos "anciãos que ainda sobreviveram" depois de Josué e que certamente utilizou o material escrito pelo próprio Josué (24:26; 24:1-25).
DATA DO LIVRO
Em sua forma atual, o livro é posterior a Josué, cuja morte registra. A conquista de Debir por Otniel e de Laís pelos danitas ocorreu depois da morte de Josué.
Josué, sendo quase da mesma idade de Caleb (Nm 13:6-8;14:6-38), tinha, no tempo do Êxodo, aproximadamente 40 anos (Js 14:7); morreu com 110 anos. Levando em conta os 40 anos passados no deserto, entende-se que chegou a Palestina aos 80 anos, sobrevivendo mais 30 anos.
Cronologicamente, esses 30 anos coincidiram com a época de 'el-Amarn. Se, conforme alguns, colocamos o Êxodo no reinado de Amenófis II; se, conforme outros, o colocarmos no de Menefta, então coincidiram com o fim do reinado de Ramsés III (1198-1167) e de seus fracos sucessores. Duas indicações do próprio livro de Josué estariam a favor dessa data, pois não existe indício algum duma dominação dos egípcios na Palestina; pelo contrário, encontramos firmemente estabelecidos e fortalecidos os filisteus (13:2-3), dois fatos explicados pela decadência do Egito sob a dinastia (XX) dos Ramésidas.
Conclusão: apesar de não ser possível descobrir com exatidão a data da escritura, pode-se supor o período em que ela foi escrita. De acordo com o relatado acima, resumindo, o Êxodo coincidiu com o fim do reinado de Ramsés III, em 1167 e Josué chegou a Canaã com 80 anos e morreu aos 110, o livro não pode ter sido escrito antes de 1137 a.C. Pode-se dizer, também, que foi anterior ao tempo de Isaías (cf. 8:28 com Is 10:28), de Salomão (16:10 com 1 Rs 9:16) e de Davi (15:63 com 2 Sam 5:6-9).
TEMA
O tema do Livro é: “A Conquista de Canaã e o Estabelecimento de Israel Nela” ou “O Cumprimento das Promessas de Deus”, pois neste livro é revelado o cumprimento da promessa que Deus fez a Abraão, na época, ainda Abrão: “Naquele mesmo dia fez o Senhor um pacto com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde rio do Egito até o grande rio Eufrates” (Gn 15: 18).
PALAVRA CHAVE
“Esforça-te”. Essa ordem de Deus é como uma palavra de força para ele alcançar a vitória que estava sendo colocada em suas mãos: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não te atemorizes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus está contigo, por onde quer que andares” (Js 1:9).
“Esforça-te”. Essa ordem de Deus é como uma palavra de força para ele alcançar a vitória que estava sendo colocada em suas mãos: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não te atemorizes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus está contigo, por onde quer que andares” (Js 1:9).
CONTEXTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO
A história do livro, como já foi comentado, baseia-se na conquista de Canaã e na divisão das terras entre as tribos. Apesar do povo de Israel não ter conquistado toda a terra prometida por Deus a Abraão, conquistaram uma boa parte. Deus prometeu a Josué: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e desde este Líbano até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus e até o grande mar para o poente do sol será o vosso termo” (Js 1: 3-4) e prometeu estar com Josué assim como esteve com Moisés, e assim mostrou ao Seu povo ao fazê-los atravessar o rio Jordão em seco. O povo creu. Os reis dos amorreus que habitavam desta banda do Jordão, ao ocidente, e todos os reis dos cananeus, assim como todos os povos ao redor, se derretiam de medo ao ouvir as maravilhas que Deus fazia para abençoar o seu povo (5:1). As mulheres e as crianças ficaram nas terras que Moisés havia conquistado antes do Jordão (1:14); os homens de guerra atravessaram para a conquista. Depois de atravessarem o rio Jordão, ergueram um monumento com doze pedras tiradas do rio Jordão, representando as 12 tribos de Israel, em memorial ao que Deus havia feito (Js 4:4-9).
A primeira conquista foi a cidade de Jericó. Depois de ser espiada, Deus mandou que eles a rodeassem por 7 dias. Nos primeiros 6 dias só uma vez e no último dia, sete vezes, sendo que na última volta eles gritariam e tocariam trombetas, e como Deus prometeu os muros foram destruídos e eles entraram e a conquistaram. De todos os seus moradores, só restou Raabe e seus familiares, pois os israelitas prometeram não matar nem a ela, nem a seus familiares, pois ela ajudou os espias a fugirem.
A segunda conquista foi a cidade de Ai. Apesar a primeira derrota de Israel, devido ao pecado de Acã, Deus os deu a vitória.
Em, geral, Josué teve de enfrentar duas coligações sucessivas de estados cananeus, uma na região meridional capitaneada pelo rei de Jerusalém, e a outra no norte, sob as ordens de Jabim em Hazor. Contando com a ajuda divina, Josué pôde conquistar tanto o sul como o norte, e distribuir a terra entre as tribos. Contudo, formaram-se bolsões de resistência, e cada uma das tribos teve a responsabilidade de ocupar a terra que lhe foi designada.
A história do livro, como já foi comentado, baseia-se na conquista de Canaã e na divisão das terras entre as tribos. Apesar do povo de Israel não ter conquistado toda a terra prometida por Deus a Abraão, conquistaram uma boa parte. Deus prometeu a Josué: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e desde este Líbano até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus e até o grande mar para o poente do sol será o vosso termo” (Js 1: 3-4) e prometeu estar com Josué assim como esteve com Moisés, e assim mostrou ao Seu povo ao fazê-los atravessar o rio Jordão em seco. O povo creu. Os reis dos amorreus que habitavam desta banda do Jordão, ao ocidente, e todos os reis dos cananeus, assim como todos os povos ao redor, se derretiam de medo ao ouvir as maravilhas que Deus fazia para abençoar o seu povo (5:1). As mulheres e as crianças ficaram nas terras que Moisés havia conquistado antes do Jordão (1:14); os homens de guerra atravessaram para a conquista. Depois de atravessarem o rio Jordão, ergueram um monumento com doze pedras tiradas do rio Jordão, representando as 12 tribos de Israel, em memorial ao que Deus havia feito (Js 4:4-9).
A primeira conquista foi a cidade de Jericó. Depois de ser espiada, Deus mandou que eles a rodeassem por 7 dias. Nos primeiros 6 dias só uma vez e no último dia, sete vezes, sendo que na última volta eles gritariam e tocariam trombetas, e como Deus prometeu os muros foram destruídos e eles entraram e a conquistaram. De todos os seus moradores, só restou Raabe e seus familiares, pois os israelitas prometeram não matar nem a ela, nem a seus familiares, pois ela ajudou os espias a fugirem.
A segunda conquista foi a cidade de Ai. Apesar a primeira derrota de Israel, devido ao pecado de Acã, Deus os deu a vitória.
Em, geral, Josué teve de enfrentar duas coligações sucessivas de estados cananeus, uma na região meridional capitaneada pelo rei de Jerusalém, e a outra no norte, sob as ordens de Jabim em Hazor. Contando com a ajuda divina, Josué pôde conquistar tanto o sul como o norte, e distribuir a terra entre as tribos. Contudo, formaram-se bolsões de resistência, e cada uma das tribos teve a responsabilidade de ocupar a terra que lhe foi designada.
TEOLOGIA DO LIVRO
Há muitos fatos teológicos importantes nesse livro. Vemos, por exemplo, como o pecado de uma só pessoa pode prejudicar uma nação inteira, como aconteceu quando Acã roubou um objeto de uma das cidades invadidas. O povo de Israel perdeu a batalha quando tentaram invadir Ai por causa de Acã, e só pôde obter vitória depois de “tirá-lo”, juntamente com sua família dentre o povo de Israel.
Mas o principal fato teológico é o cumprimento da promessa de Deus. O que Deus promete, não importa quanto tempo se passe, Ele cumpre, mostrando a Sua fidelidade.
Outra fato importante foi Deus ter renovado o pacto com Seu povo, mandando circuncidar todos os homens que haviam nascido no deserto (5:2-6), pois lá não houve circuncisão, renovando assim o pacto, pois a circuncisão era o sinal desse pacto.
Havia uma condição para que Josué obtivesse vitória:
Há muitos fatos teológicos importantes nesse livro. Vemos, por exemplo, como o pecado de uma só pessoa pode prejudicar uma nação inteira, como aconteceu quando Acã roubou um objeto de uma das cidades invadidas. O povo de Israel perdeu a batalha quando tentaram invadir Ai por causa de Acã, e só pôde obter vitória depois de “tirá-lo”, juntamente com sua família dentre o povo de Israel.
Mas o principal fato teológico é o cumprimento da promessa de Deus. O que Deus promete, não importa quanto tempo se passe, Ele cumpre, mostrando a Sua fidelidade.
Outra fato importante foi Deus ter renovado o pacto com Seu povo, mandando circuncidar todos os homens que haviam nascido no deserto (5:2-6), pois lá não houve circuncisão, renovando assim o pacto, pois a circuncisão era o sinal desse pacto.
Havia uma condição para que Josué obtivesse vitória:
Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito porque, então,
farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás” (Js 1:8).
A promessa de Deus de estar com Josué incluía a promessa de expelir todas aquelas nações de diante deles para que fosse possível possuírem a terra (Js 23:5), porém, se o povo se afastasse de Deus, achegando-se ao resto das nações que ainda haviam ficado e se casassem entre eles, Deus não continuaria mais a expelir as nações de diante deles, mas elas seriam laço, rede, açoite às suas costas, e espinhos em seus olhos (Js 23:12-13). Se traspassassem Seu concerto servindo a outros deuses, aqueles que os povos serviam, e se se inclinassem diante deles, então, a ira do Senhor se levantaria (Js 23:16). Enquanto Josué viveu, os filhos de Israel cumpriram tudo que Deus havia falado, porém, após a morte de Josué, o povo se desviou do conserto de Deus e o resultado veremos no próximo livro, no livro dos Juízes.
CONLUSÃO
Deus é fiel! O livro de Josué, assim como toda a Bíblia, nos mostra a fidelidade do Deus dos Exércitos em todas as Suas palavras, desde que nós estejamos cumprindo todos os Seus mandamentos e ordenanças. Se estamos firme em nosso conserto, as mãos de Deus vêm para nos abençoar. Nenhuma promessa será esquecida por Ele. Aqueles que estão em comunhão com o Pai verão todas elas se cumprirem. Mesmo que demore, as promessas de Deus sempre se cumprirão, mesmo que para isso Ele tenha que fazer o impossível acontecer, como muitas vezes testemunharam os Israelitas e como, hoje, testemunha a Igreja de Deus. Esforça-te e tem bom ânimo, pois Deus é contigo e prosperará os seus passos em todos os lugares que andares! É promessa de Deus.
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